Secretário estadual alerta para a continuidade da seca e reivindica medidas urgentes
Entre as medidas urgentes que o presidente do Conseagri tem reivindicado ao governo federal estão a prorrogação do Programa de “Venda Balcão” de milho subsidiado pela Conab, cujo prazo para encerramento expira no próximo dia 28.
A
seca não acabou! É o que alerta o secretário estadual da Agricultura e
presidente do Conselho Nacional de Secretários de Agricultura
(Conseagri), engenheiro agrônomo Eduardo Salles, em sucessivos ofícios à
presidente Dilma Rousseff, aos ministros da Integração, da Agricultura,
do Desenvolvimento Agrário e à presidência da Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab), demonstrando o quadro preocupante dos reflexos
causados pela longa estiagem. “Podemos comparar esta seca a um tremendo
terremoto, cujas conseqüências serão sentidas pelo menos nos próximos
dez anos, ou mais”, afirma Salles.
Entre as medidas urgentes que o presidente do Conseagri tem
reivindicado ao governo federal estão a prorrogação do Programa de
“Venda Balcão” de milho subsidiado pela Conab, cujo prazo para
encerramento expira no próximo dia 28; prorrogação das dívidas de
custeio e investimentos a vencer em 2013, e a prorrogação para até 31
de dezembro deste ano das vigências das linhas de crédito emergencial
instituídas para produtores rurais afetados pela seca na área de
abrangência da Sudene e pelas enchentes na região Norte, com acréscimo
de R$ 1 bilhão aos recursos disponibilizados. O secretário explica que
essas linhas de crédito são fundamentais e indispensáveis nesse momento
em que os pastos e os rebanhos precisam ser recuperados.
Além desses itens, o Conseagri reitera ao governo federal
solicitações para a implantação do PAC Semiárido; criação urgente de um
programa de doação de milho para os pequenos ovinocaprinocultores do
Nordeste brasileiro, e a utilização do sistema de cabotagem, via Porto
de Paranaguá, para facilitar o transporte de grandes quantidades de
milho para as capitais do Nordeste.
Eduardo Salles explica que “a situação não está pior graças ao
prestígio do governador Jaques Wagner junto ao governo federal, e à
união das bancadas da Bahia na Câmara e no Senado, o que tem viabilizado
recursos e ações emergenciais e estruturantes destinadas a amenizar os
efeitos da seca”.
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