sexta-feira, 19 de abril de 2013

Confira a entrevista completa com o Araciense Railan, lateral do Bahia

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Railan2Em meio à crise tricolor, o Bahia Notícias entrevistou um jovem atleta do elenco do Bahia, formado nas categorias de base do clube. O lateral-direito Araciense, Railan, já chamado de ‘Super-Homem’ do Esquadrão, de 18 anos, falou sobre as relações com o do elenco profissional, a chegada do treinador Joel Santana e os principais objetivos para a carreira.
BN: Existe panelinha no elenco do Bahia?
Railan: Cara, eu não consigo ver isso no grupo do Bahia. O ambiente dentro do elenco é muito bom, principalmente com a gente que é jogador da base. Eles nos acolheram muito bem desde o início.
BN: Como é a relação de Titi e Souza com os demais jogadores?
Railan: Todos nós, inclusive vocês da imprensa, têm seus amigos particulares. Souza e Titi demonstram ser grande amigos, mas, dentro do grupo, não vejo isso como uma coisa ruim. São jogadores que eu gosto muito, e sempre me ajudaram. São boas pessoas, me passam dicas, conversam comigo e não vejo problemas nisso.
BN: O relacionamento com o treinador Jorginho era bom?
Railan: Ele sempre conversava comigo, me elogiava muito. Infelizmente aconteceu que ele saiu do clube. Mas, assim como Jorginho, o Joel Santana já chegou e mostrou ser um cara muito legal. Acredito muito que ele vai dar chances a nós, garotos da base.
BN: É verdade que você tem uma boa amizade com Paulo Rosales?
Railan: Normalmente, eu sempre trato muito bem todos os jogadores do grupo. Ele, que era novo entre a gente, recebeu o mesmo tratamento. Ele está sendo tratado como todos os outros. Eu, como sou um cara que gosto de brincar e dançar, procurei logo mostrar a ele as músicas do carnaval. Conversamos muito, eu ensino o português para ele e, às vezes, o Rosales passa o portunhol para mim. É um relação bacana, mas ele não gosta muito de dançar não (risos).
railan-souzaBN: Talisca e Feijão são seus grandes amigos no grupo?
Railan: São grandes amigos, sim. São, assim como eu, pessoas que estão sempre alegres, brincando. Os dois jogam comigo desde 2010, então não tenho o que falar deles. Não ando por aí falando deles, nem eles de mim. Apesar da brincadeira, amizade, também sabemos que tudo tem sua hora de brincar e trabalhar.
BN: Você, que está no profissional, vê problemas em jogar no sub-20?
Railan: Rapaz, para mim, seria um sonho ganhar dois títulos pelo Bahia. Profissional e na base. Meus amigos, dentro e fora do clube, sempre falam que desço para jogar da mesma forma que atuaria lá em cima (profissional). Tenho a mesma vontade sempre, e quero muito conquistar estes dois títulos.
BN: Todos falam que Railan é brincalhão demais. É verdade isso?
Railan: Não vou mentir pra você. Eu sou um cara muito alegre, gosto de brincar, dançar, ouvir música e outras coisas. Mas, o que eu gosto mesmo é de resenhar. Adoro reunir os amigos e ficar naquela conversa, na velha resenha. E outra. Aqui dentro, desde a Copa São Paulo, ninguém do Bahia me ganha no tênis de mesa. Pode perguntar a todo mundo (risos).
BN: Está ansioso para atuar na Arena Fonte Nova?
Railan: Tudo tem sua hora, cara. Eu sempre, desde que cheguei no Bahia, procuro fazer o meu melhor dentro de campo. Mas não posso negar para você que sonho em jogar ali. Só imagino jogando pelo Bahia, fazendo grandes jogos e até gols lá.
BN: Defeitos e qualidades do Railan, hoje, como lateral-direito do Bahia.
Railan: Você sabe que eu era atacante, né? Então, quando eu era mais novo, só me preocupava em jogar na frente. São apenas dois anos como lateral. Eu sou um cara muito forte fisicamente, adoro correr e tenho força. Mas, até mesmo por ter sido atacante, sei que preciso treinar mais minha marcação. Sempre busco aperfeiçoar este fundamento.
bahia-railanBN: O que você observou do treinador Joel Santana nestes primeiros dias?
Railan: Ele demonstrou ser uma pessoa muito bacana. Estou há três anos no Bahia, e não sei o que é ficar no departamento médico ou chegar atrasado em um treinamento. Sempre fui pontual. E parece que ele gosta disso. Apesar dos 18 anos, eu já vivi muita coisa e só penso em ajudar o Bahia. Espero que possa, desse jeito, conquistar a confiança dele.
BN: Como é ficar tanto tempo longe da família?
Railan: Hoje a coisa tá muito melhor. Antes, quando o contato era raro, eu ficava chorando aqui. Os companheiros me falavam que era uma coisa normal, me ajudavam e tudo. Mas, agora, eu estou mais acostumado a passar por isso. Eles moram em Araci, que fica uns 200km de Salvador, o que ainda é longe. Mas com o celular a saudade é bem menor, apesar de que ter a família perto, fazendo aquela comidinha é bem melhor.
BN: Você, quando começou a carreira, se espelhou em alguém?
Railan: Eu nunca mirei em ninguém, não vou mentir para você. Eu procuro sempre me preparar da melhor forma, treinar e fazer o meu melhor pelo clube. Claro que dentro do futebol existem os mais queridos. Já chegaram a falar de Daniel Alves, que é um cara que gosto muito. Jogador do Barcelona e Seleção Brasileira. Até o Neto, apesar da fase que está vivendo, eu costumo tirar proveito de algumas dicas. Gosto de ver um pouco de todo mundo.
Fonte: Avoz do campo

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