As obras no estádio devem ser retomadas na quarta-feira (17). Uma área de 4,8 mil metros quadrados, no entanto, segue interditada por tempo indeterminado, segundo o coronel Jair Paca de Lima, coordenador da Defesa Civil de São Paulo. A parte interditada, que vai do setor 20 ao 32, corresponde a 10% do total da obra.
Segundo a Defesa Civil, o prosseguimento das obras não colocará os funcionários em risco. “A laje é praticamente compartimentada. Qualquer algo de mais grave que venha a ocorrer nesse local que foi interditado, qualquer acidente, não viria a afetar as demais partes da obra”, afirmou Paca.
No momento do desabamento, ocorrido no fim da manhã de segunda, as vítimas trabalhavam no nivelamento do piso de um dos quatro camarotes. Primo da vítima, o operário Cosme Vieira Dias, de 39 anos, estava na área que desabou e contou ter escapado por uma fração de segundo. “Ninguém esperava. A laje cedeu. Nasci de novo”, disse Cosme. “A gente estava todo dia junto. Eu buscava e o levava em casa”, lamentou Cosme, ao falar do primo Carlos de Jesus. O operário conta que ainda tentou descer para socorrer o primo, mas não foi possível fazer o socorro.
Para Cosme, o acidente foi uma “fatalidade” e não uma falha. “A gente vinha fazendo todos (camarotes) iguais. Só ali que aconteceu”, disse. Cosme afirmou ainda que os funcionários usavam equipamento de segurança.
A testemunha era parente dos outros dois trabalhadores envolvidos no acidente: Carlos de Jesus, que morreu ainda no local, era primo de Cosme. Já o trabalhador que ficou levemente ferido, Crispiniano dos Santos, de 22 anos, era cunhado.
O corpo de Carlos chega na tarde desta terça-feira (16), no distrito de Tapuio, onde será enterrado. Ainda não se sabe se o enterro acontecerá hoje (16).
Da Redação
Fonte: blog a Voz do Campo Araci
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