terça-feira, 23 de abril de 2013

SRA: barragem subterrânea uma nova tecnologia para combater os efeitos da Seca


O Sindicato Rural de Araci – SRA vem atuando intensamente em combate aos efeitos da seca, utilizando meios tecnológicos através de seus parceiros. Recentemente uma nova tecnologia foi experimentada no Assentamento Santa Virginia, onde cerca de 13 produtores estão envolvidos. A barragem subterrânea com 100 metros linear construída no assentamento através do SRA com os parceiros FAEB/SENAR e com o acompanhamento técnico da Embrapa semiárido, tem com papel principal proporcionar alimentação para animais e também cultivo de produtos para o consumo humano.
Máquina cavando a valeta da barragem subterrânea do Assentamento Santa Virginia.
Máquina cavando a valeta da barragem subterrânea do Assentamento Santa Virginia.
“A barragem é fruto de um estudo da Embrapa. Nós participamos de um treinamento com técnicos da Embrapa no município de Miguel Calmon” – explicou o presidente interino do SRA, Iran dos Anjos, ressaltando ainda, que para receber a barragem em sua propriedade, “o produtor rural deve ser afiliado ao SRA ou inserido em algum programa do sindicato”.
Novas áreas estão sendo avaliada pelo sindicato na região das comunidades de Barreira, Várzea da Pedra e Tapuio.

A barragem é uma solução simples que pode ajudar muito os agricultores do semiárido a segurar a umidade das águas do período chuvoso. A barragem subterrânea é uma construção rápida e barata que mantém perfeitamente a umidade do solo favorecendo o plantio durante, praticamente, o ano todo. Quando se fala em barragem no Nordeste o que se pensa é em um muro feito de terra batida, de pedra ou de tijolo, que demandam muita mão-de-obra e dias ou semanas de construção. Para a barragem subterrânea, é usada uma lona plástica, material muito simples e de fácil assentamento.
Com uma máquina retroescavadeira cava uma valeta com fundura e comprimento adequados ao terreno – que deve ser bem escolhido e que tenha uma ligeira inclinação (tipo um riacho raso). A lona é estendida pelos comprimentos que deu a valeta. Ela já vem dobrada de uma forma que, quando aberta, possa cobrir não só toda a parede do barranco como sobrar um tanto na superfície e no fundo do buraco.
Uma quantidade do material que foi escavado é jogado como peso para prender bem a aba da lona na base da vala. Ela tem que ficar bem encostada na parede. Daí a importância de se limpar bem as raízes. Qualquer pontinha pode furar.
Depois, a retroescavadeira repõe toda a terra que foi tirada do buraco. Toda a valeta é preenchida como é coberta a aba que sobrou na parte de cima. De modo que, terminado o serviço, quem passar pelo lugar não vai perceber que tem uma lona enterrada.
Com as águas da chuva que rolam por aquela área (daí a importância do local ter uma ligeira inclinação) vai encontrar a valeta, ao penetrar no barro que cobre a valeta, água não tem como escapar por causa da lona, e assim, vai ficar presa por muito mais tempo mantendo sempre o terreno úmido. Mesmo no verão, o produtor terá terra úmida para plantar forrageiras, milho e outros cultivos que serve de alimentação animal e até mesmo humano.
Fonte: Portalfolha 

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